sábado, 28 de abril de 2012

Onde estão as respostas?


A reunião do dia 17 de abril, deixou a desejar  pela falta da presença dos órgãos ligados diretamente a implatação da obra como: SECOPA, SMOV e SPM - apenas a SMAM e os vereadores da CUTHAB  compareceram.  Eles se responsabilizaram de levar ao Prefeito José Fortunati o desconforto e as insatisfações da comunidade.

Neste encontro os moradores queriam, além de mostrar as inviabilidades do projeto, esclarecer dúvidas técnicas sobre a obra. A falta de transparência da PMPA em responder a comunidade que a elegeu, só aumenta os questionamentos sobre os reais interesses que a mesma tem na execução da Trincheira da Rua Anita Garibaldi.



Estamos abertos a sugestões: O que é preciso para que a Prefeitura de Porto Alegre abra diálogo com a comunidade? 

- Já fizemos  requerimento protocolado na PMPA  no dia 20/01/2012 com o  n° 001.004913.12.4, informando sobre o descontentamento da comunidade com a obra -  e até agora não fomos chamados;

-Entramos com um inquérito no Ministério Público em fevereiro 2012 na Ordem Urbanística para buscar esclarecimentos - o processo está aguardando respostas ;

- Informamos a imprensa sobre todos os movimentos que buscam esclarecimentos sobre a obra, porém não houve interesse dos meios de comunicação em repercutir os fatos ;

O que mais precisamos fazer para sermos ouvidos?

Buscamos esclarecimentos para as questões abaixo citadas e que foram encaminhadas para os respectivos órgãos da PMPA.

QUESTIONAMENTO DA OBRA SOB PONTO DE VISTA TÉCNICO e ECONÔMICO

SECOPA e SMOV

1. Qual é a profundidade e a largura da trincheira prevista para a Rua Anita Garibaldi?

2. Que obra será feita para compensar o trânsito proibido a esquerda na Av. Carlos Gomes?

3. Qual é a classificação da malha viária no Plano Diretor da Rua Anita Garibaldi?

4. Como está sendo classificada a Rua Anita Garibaldi, no seu trecho entre a Rua Bordini e a Av. Carlos Gomes, na proposta de Hierarquização da Malha Viária do Plano Diretor de Porto Alegre, tendo em vista a Estratégia de Mobilidade Urbana da cidade?

5. Sob o ponto de vista técnico e econômico, por que foi feita a opção pela Rua Anita Garibaldi, ao invés da AV. Plinio Brasil Milano (onde a obra estava planejada)?

SMAM

1. No Projeto enviado para a SMAM, onde é solicitado o licenciamento ambiental, está previsto a licença para o desvio da obra? Este desvio trará modificações na região que é extremamente arborizada (alamedas).

2. Como ficarão as alamedas com os desvios dos ônibus e (canteiros) de obra?

3. Como será a alteração do Plano Diretor em relação a área  de ambiência cultural?

4. A Prefeitura realizou estudo de impacto da poluição atmosférica e sonora da trincheira?

5. Sob o ponto de vista técnico e econômico, por que foi feita a opção pela Rua Anita Garibaldi, ao invés da AV. Plinio Brasil Milano (onde a obra estava planejada)?

EPTC

1. Por que foi modificado o tempo da sinaleira da Rua Anita Garibaldi?

2. Qual o trajeto que os ônibus e carros que convergem atualmente a esquerda na Av. Carlos Gomes farão durante a obra e depois?

3. Que opção o pedestre terá para transitar com segurança?

4. Sob o ponto de vista técnico e econômico, por que foi feita a opção pela Rua Anita Garibaldi, ao invés da AV. Plinio Brasil Milano (onde a obra estava planejada)?

SPM

1. Qual o conceito de cidade que vocês estão utilizando para fundamentar este empreendimento?

2. Como será pago o encerramento de todos os negócios existentes na Rua Anita Garibaldi e das vidas envolvidas? Existe um planejamento para o encerramento das atividades comerciais e das pessoas e famílias que dependem destes empregos?

3. Sob o ponto de vista técnico e econômico, por que foi feita a opção pela Rua Anita Garibaldi, ao invés da AV. Plinio Brasil Milano (onde a obra estava planejada)?

CÂMARA

Conforme o inciso III, do Art. 29 da Lei nº 434\99 - Lei do Plano Diretor (PDDUA), a Macrozona 3 é integrada pelos Corredores de Centralidade (dentre estes, o território entre a Rua Anita Garibaldi e a Av. Nilo Peçanha). A implantação da Trincheira da Anita, incentivando o fluxo centro-bairro, vai necessariamente alterar esta proposta, modificando o PDDUA. Pergunta-se: Essa alteração do Plano já foi apreciada e aprovada pela Câmara de Vereadores?  Se foi, qual a Lei Complementar que altera o Art. 29 da Lei nº 434\99?

terça-feira, 10 de abril de 2012

Vereadores da CUTHAB solidarizam-se com o movimento

Hoje tivemos um ótimo encontro na Câmara de Vereadores, com os vereadores responsáveis pela CUTHAB - Comissão de Habitação. Encontramos aliados para o nosso movimento. 
No próximo dia 17/04 eles visitarão o local da obra para verificarem em loco os aspectos prejudiciais e a inexistência de objetivo de melhoria do projeto da Trincheira. Você que é morador da Anita está convidado para este encontro com os vereadores e órgãos responsáveis. Será na próxima terça-feira, 11h na Anita Garibaldi, 1247 .Veja mais detalhes do encontro DE HOJE (10/04) na matéria abaixo. 


Moradores do entorno da Radial Anita questionam benefícios das obras

Por solicitação do Movimento de Comerciantes da rua Anita Garibaldi, a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) ouviu, hoje (10/4), moradores e comerciantes sobre o traçado da Radial Anita, projeto que prevê passagem subterrânea no encontro da rua Anita Garibaldi com a avenida Carlos Gomes. Também foram ouvidos representantes dos órgãos municipais envolvidos. Os moradores mostraram-se contrários à obra, que segundo eles não revolverá o problema do trânsito, apenas transferindo a área de congestionamento, principalmente porque os veículos que atualmente dobram à esquerda para entrar na avenida Carlos Gomes terão que fazer um longo percurso para o retorno. No final da reunião, o presidente da Cuthab, vereador Paulinho Rubem Berta (PPS), aceitou a sugestão do vereador Adeli Sell (PT) de ir até o local para onde estão previstas as obras e as desapropriações. A visita será na próxima terça-feira (17/4), às 11h.  Posteriormente, será marcada uma audiência com o prefeito José Fortunati.
FunilO arquiteto urbanista Osório Queiroz Júnior, representante da Amobela, disse que os moradores não estão convencidos da necessidade da obra e que não vê na proposta consistência técnica. Observou que a passagem subterrânea só irá deslocar o congestionamento para duas quadras adiante, transformando-se em um funil viário. Salientou, ainda, que mais importante para a cidade é a construção do viaduto da Avenida Plínio Brasil Milano. Roberto Conti salientou os prejuízos que os comerciantes terão com a transferência dos seus pontos. Nicolas Copsachilis disse que o projeto é de muitas décadas atrás e que é necessário uma adaptação. Os moradores também lembraram que há, na região, uma grande quantidade de árvores, algumas centenárias, que serão sacrificadas ou ficarão comprometidas pelo trânsito que deverá se intensificar na região.

ExecutivoGustavo Fontana, Assessor Parlamentar da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM), disse que apenas hoje o órgão recebeu o relatório ambiental realizado pela consultoria responsável pelos estudos de impacto ambiental das obras da Copa, não sendo possível aprofundar a análise técnica. Leonardo Ribeiro César, representante da Secretaria Municipal do Planejamento, disse que estava na reunião para ouvir e transmitir ao secretário Ricardo Gothe, recém empossado na SPM, as preocupações e reivindicações dos moradores e comerciantes. Cláudia Barcelos, da Procuradoria-Geral do Município informou que 19 desapropriações, a maioria delas parcial, estão em andamento. Acrescentou que os proprietários estão recebendo um atendimento individual.
VereadoresO vereador Elias Vidal (PPS) disse que é contrário ao túnel e justificou que, “com o ritmo de crescimento da frota de carros, nenhuma obra resolverá os problemas de trânsito”. O vereador Alceu Brasinha (PTB) salientou as dificuldades que os comerciantes têm de fixar um ponto e defendeu a construção imediata do viaduto da Plínio Brasil Milano com a Carlos Gomes. O vereador Adeli (PT) criticou a ausência da Smov e da EPTC no encontro.
O vereador Tarciso Flecha Negra (PSD), também presente à reunião, afirmou que as obras não podem ficar restritas aos interesses da Copa do Mundo e que as pessoas e o meio ambiente devem ser considerados sempre.
Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)
Cuhtab ouviu moradores e comerciantes da Rota Anita

Cuthab

Moradores do entorno da Radial Anita questionam benefícios das obras

Por solicitação do Movimento de Comerciantes da rua Anita Garibaldi, a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) ouviu, hoje (10/4), moradores e comerciantes sobre o traçado da Radial Anita, projeto que prevê passagem subterrânea no encontro da rua Anita Garibaldi com a avenida Carlos Gomes. Também foram ouvidos representantes dos órgãos municipais envolvidos. Os moradores mostraram-se contrários à obra, que segundo eles não revolverá o problema do trânsito, apenas transferindo a área de congestionamento, principalmente porque os veículos que atualmente dobram à esquerda para entrar na avenida Carlos Gomes terão que fazer um longo percurso para o retorno. No final da reunião, o presidente da Cuthab, vereador Paulinho Rubem Berta (PPS), aceitou a sugestão do vereador Adeli Sell (PT) de ir até o local para onde estão previstas as obras e as desapropriações. A visita será na próxima terça-feira (17/4), às 11h.  Posteriormente, será marcada uma audiência com o prefeito José Fortunati.
FunilO arquiteto urbanista Osório Queiroz Júnior, representante da Amobela, disse que os moradores não estão convencidos da necessidade da obra e que não vê na proposta consistência técnica. Observou que a passagem subterrânea só irá deslocar o congestionamento para duas quadras adiante, transformando-se em um funil viário. Salientou, ainda, que mais importante para a cidade é a construção do viaduto da Avenida Plínio Brasil Milano. Roberto Conti salientou os prejuízos que os comerciantes terão com a transferência dos seus pontos. Nicolas Copsachilis disse que o projeto é de muitas décadas atrás e que é necessário uma adaptação. Os moradores também lembraram que há, na região, uma grande quantidade de árvores, algumas centenárias, que serão sacrificadas ou ficarão comprometidas pelo trânsito que deverá se intensificar na região.
ExecutivoGustavo Fontana, Assessor Parlamentar da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM), disse que apenas hoje o órgão recebeu o relatório ambiental realizado pela consultoria responsável pelos estudos de impacto ambiental das obras da Copa, não sendo possível aprofundar a análise técnica. Leonardo Ribeiro César, representante da Secretaria Municipal do Planejamento, disse que estava na reunião para ouvir e transmitir ao secretário Ricardo Gothe, recém empossado na SPM, as preocupações e reivindicações dos moradores e comerciantes. Cláudia Barcelos, da Procuradoria-Geral do Município informou que 19 desapropriações, a maioria delas parcial, estão em andamento. Acrescentou que os proprietários estão recebendo um atendimento individual.
VereadoresO vereador Elias Vidal (PPS) disse que é contrário ao túnel e justificou que, “com o ritmo de crescimento da frota de carros, nenhuma obra resolverá os problemas de trânsito”. O vereador Alceu Brasinha (PTB) salientou as dificuldades que os comerciantes têm de fixar um ponto e defendeu a construção imediata do viaduto da Plínio Brasil Milano com a Carlos Gomes. O vereador Adeli (PT) criticou a ausência da Smov e da EPTC no encontro.
O vereador Tarciso Flecha Negra (PSD), também presente à reunião, afirmou que as obras não podem ficar restritas aos interesses da Copa do Mundo e que as pessoas e o meio ambiente devem ser considerados sempre.
Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)

quinta-feira, 5 de abril de 2012

 
"PRÊMIO NOBEL" DE ARQUITETURA FALA SOBRE CIDADES!         (Caderno EU – Valor, 30) Trechos da entrevista do arquiteto inglês Norman Foster, prêmio Pritzker, o Nobel da Arquitetura.
         1.  Projetos  urbanos devem ser holísticos e contemplar, como um todo, os sistemas de transporte e de infraestrutura, o abastecimento de energia, os espaços públicos, a densidade urbana e a inserção adequada dos edifícios nas cidades.
            2. Deve existir um planejamento a longo prazo, mesmo porque contratos de curto prazo com a iniciativa privada podem impedir essa visão mais ampla e integrada do processo de desenvolvimento urbano. 
            3. No Rio, áreas de favelas são predominantemente formadas por prédios baixos e ruas estreitas, com pouco acesso. Para melhorar a qualidade de vida nestes lugares, é preciso valorizar os pontos fortes das comunidades locais, enaltecendo, por exemplo, as escolas de samba e suas tradições carnavalescas. Até porque, projetos que não refletem a forma como as pessoas vivem não têm sucesso no longo prazo.
             4. Desenvolvemos um estudo para a favela de Dharavi, em Mumbai, uma das maiores favelas do mundo. Nossa proposta foi melhorar o acesso, o saneamento básico e distribuição de energia. Com isso, conseguimos proporcionar novas linhas de transportes públicos e abrir vias maiores para os pedestres, criando mais parques e áreas para convivência pública.
             5. Nossas propostas enfatizaram a importância da regeneração da comunidade de dentro para fora, em vez de simplesmente passar um rolo compressor sobre as favelas.
              6. (Ex-Blog) Conceitos diametralmente opostos aos que aplica a atual prefeitura do Rio, que abandonou o Urbanismo a favor de Projetos desarticulados
 
TJ-RJ: UMA VITÓRIA CONTRA A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA NO LEBLON!        1. Este Ex-Blog, numa longa nota, contou toda a história do terreno frontal ao Largo da Memória, no Leblon, onde está o BPM, na Bartolomeu Mitre. Uma história que vem dos anos 20, uma favela reassentada, um quartel do exército e depois da PM. A absurda tentativa de uma empresa assumir o terreno, alegando falar em nome de herdeiros, foi impedida por uma decisão clara do TJ-RJ. O ex-prefeito havia garantido, a uma empresa imobiliária que havia se precipitado e adiantado a essa empresa dos "herdeiros-argh!!!", que o dinheiro estava perdido.
        2. (Globo, 04)  A Justiça fluminense bateu o martelo nesta terça-feira sobre o destino de um dos mais caros terrenos da cidade do Rio. Por três votos a zero, a 18ª Câmara Cível rejeitou a apelação contra a decisão de primeira instância que havia anulado o ato de cessão de área de 5,8 mil metros quadrados, avaliada em R$ 43 milhões (obs.: bem mais), à Construtora Guarany e aos herdeiros do bicheiro Manoel da Silva Abreu, o Zica. Para os desembargadores, houve desvio de finalidade no ato assinado no dia 29 de novembro de 2006 pelo governo do Estado (obs.: na transição entre governos), já que os beneficiados não conseguiram provar a propriedade do terreno. Sendo assim, a propriedade do terreno permanecerá com o governo estadual.

3. (Globo, 04) Estado agora quer vender terreno da PM do Leblon. OBS.: a) Não pode sem lei, pois é ZE-7 área militar. b) Será conglomerar uma área preservada que organiza o bairro. Se conseguir será mais um "favor" à especulação imobiliária, que manda e desmanda no PMDB-RJ/RIO.

 
Pesquisa e Edição: JCM do Ex-Blog do Cesar Maia , 04.04.2012.